O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nota nesta terça-feira (17) com críticas à intenção do Governo de aumentar o número de vagas de Residência Médica no país. Apesar de ser uma luta histórica das entidades médicas, o CFM teme que a medida não tenha o lastro necessário para garantir a boa formação dos futuros especialistas.
De acordo com a entidade, o Governo deve estar atento para assegurar que critérios mínimos de infraestrutura e de corpo docente sejam oferecidos aos residentes. “Sem isso, o processo de ensino não se concluirá, devolvendo à sociedade um profissional sem a qualificação esperada, comprometendo o atendimento dos pacientes”, afirma a entidade.
Outra preocupação do Conselho Federal de Medicina é que a decisão do Governo seja uma tentativa de “mascarar a crise nos hospitais gerais e prontos-socorros, como denunciado pela imprensa”. No documento, endereçado à sociedade, a entidade chama atenção para o risco real de prejudicar a formação dos futuros especialistas e não resolver o cenário de caos instalado, com medidas deste tipo. Para o CFM, a crise das emergências passa, principalmente, por aumento de investimentos e melhor gestão.