Nos dias 04 e 05 de dezembro Salvador – BA foi sede do I Fórum Brasileiro de Debates sobre Residência em Cirurgia Torácica organizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica e Comissão de Residentes da SBCT. Com a presença de residentes e profissionais responsáveis por diversos centros formadores, vários pontos foram discutidos para aprimoramento do modelo de formação do futuro cirurgião torácico brasileiro.
Atualmente no Brasil são disponibilizados 49 vagas de residência médica credenciadas pelo MEC em 31 instituições distribuídas em 9 estados.
O consenso deste fórum elaborou um documento, “A Carta de Salvador”, contemplando todos os aspectos para formação em Cirurgia Torácica: ingresso, tempo e modelo de treinamento, programa teórico, competências e habilidades, avaliação e, conclusão do programa. Este documento será apresentado a todos os centros formadores e órgãos regulatórios propondo diretrizes para nortear e uniformizar o modelo de formação em Cirurgia Torácica.
Um momento histórico com grande impacto na valorização da especialidade de Cirurgia Torácica.
Palavras dos Drs. Diogo Gomes e Hugo Veiga
Gostaria de ressaltar ainda que, em relação ao primeiro fórum de residentes, acredito que possamos considerá-lo como muito útil e oportuno. Discutimos as competências mínimas de Serviços do ponto de vista de corpo docente, instalações, volume de casos, presença e interação com outras especialidades, etc. Modos de avaliação dos residentes, periodicidade, cursos a distancia, participação da SBCT ao longo do processo e não só ao final.
Acredito que as discussões que temos tido nos últimos anos internamente no HC, favoreceram o nosso amadurecimento e aprimoramento interno e sugerimos que várias delas sejam incorporadas no documento da SBCT como sugestões aos vários Serviços do País. A duração da residência de especialidade de 2 para 3 anos foi uma sugestão do fórum e eu pessoalmente acredito que não deva ser obrigatório e sim opcional em áreas de atuação (como fazemos com os nossos estagiários); o ideal é que o MEC reconhecesse e desse bolsa para esse ano a mais.
Palavras do Professor Paulo Manuel Pêgo Fernandes – Prof Titular da Disciplina de Cirurgia Torácica InCor – HC FMUSP